agosto 13, 2015

Todo coração é um célula revolucionária. POR Fernando do Valle (ZONACURVA)

PICICA: "O filme alemão The Edukators, lançado em 2004, do diretor Hans Weingartner, já mostrava a insatisfação de parte da juventude europeia. A ideia dos três edukadores protagonistas do filme baseia-se em invadir mansões e modificar os móveis de lugar. Não roubam nada, mas criam a sensação de insegurança naqueles que se consideram inatingíveis.

Em uma espécie de “rebeldia da nova arquitetura poética”, o protesto pacífico indicava a busca de novas formas de expressão em prol de mudanças no status quo vigente. Em uma das ações, os personagens principais retornam para buscar o celular de um deles e acabam sequestrando o empresário Hardenberg, que os flagra em sua casa de várias dezenas de metros quadrados.

Além da política, uma história de paixão e profunda amizade também envolve o trio, embalada por uma bela trilha sonora. O ator Daniel Bruhl, que vinha de outra bela atuação em Adeus Lênin (2002), destaca-se como o cérebro do grupo, Jan."

Todo coração é um célula revolucionária




O filme alemão The Edukators, lançado em 2004, do diretor Hans Weingartner, já mostrava a insatisfação de parte da juventude europeia. A ideia dos três edukadores protagonistas do filme baseia-se em invadir mansões e modificar os móveis de lugar. Não roubam nada, mas criam a sensação de insegurança naqueles que se consideram inatingíveis.


Em uma espécie de “rebeldia da nova arquitetura poética”, o protesto pacífico indicava a busca de novas formas de expressão em prol de mudanças no status quo vigente. Em uma das ações, os personagens principais retornam para buscar o celular de um deles e acabam sequestrando o empresário Hardenberg, que os flagra em sua casa de várias dezenas de metros quadrados.

Além da política, uma história de paixão e profunda amizade também envolve o trio, embalada por uma bela trilha sonora. O ator Daniel Bruhl, que vinha de outra bela atuação em Adeus Lênin (2002), destaca-se como o cérebro do grupo, Jan.

EduKação pra todos
EduKação pra todos

O título original em alemão, Die Fetten Jahre sind vorbei, que, em tradução livre, significa Os dias de fartura estão contados resume mais o espírito do filme do que o título em que o longa-metragem ficou conhecido. Essa é também a mensagem escrita nos bilhetes que o trio deixa na casa dos ricaços.

Jan e Jule, personagens do filme, interpretados pelos atores Daniel Bruhl e Julia Jentsch, em uma cena de verdadeira epifania, escrevem na parede do apartamento em que vivem outra frase que resume a vibe do filme: Todo coração é um célula revolucionária.

Todo coração é um célula revolucionária
Todo coração é um célula revolucionária

E como transformar zumbis em frente à novela ou ao BBB em células revolucionárias? Em uma das discussões dos edukadores com o empresário Hardenberg, que, segundo ele mesmo relata, foi idealista quando estudante (e agora precisa ser reeduKado), Jan afirma que uma hora a maioria iria cansar de assistir horas e horas de TV de lavagem cerebral pró-consumo. Jan (Daniel Bruhl) ainda completa que “uma hora os antidepressivos não vão mais funcionar”.


A prova de que Edukators virou um verdadeiro cult movie foi a montagem no ano passado de uma peça teatral no Rio de Janeiro. O diretor do filme, Weingartner, envolveu-se na produção e assistiu à pré-estreia. “O fato de o Brasil ser um país que sofre com uma enorme desigualdade social motivou Weingartner a se envolver com a nossa montagem”, declarou o diretor da peça João Fonseca ao portal da rede Deutsche Welle.

Elenco da peça Edukators (fonte: página do facebook do espetáculo)
Elenco da peça Edukators (fonte: página do facebook do espetáculo)

O filme está disponível nas locadoras. Como não encontramos o filme com legendas na web, aí vai um belo clipe com cenas do filme embaladas pela fodástica música Hallelujah, parte da trilha sonora do filme. A canção composta por Leonard Cohen é interpretada por Jeff Buckley





Sou blogueiro, jornalista e criador de conteúdo. Pai de Lorena, santista e obcecado por literatura, cinema, música e política.

Fonte:  Zonacurva

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