maio 14, 2008

Manifesto em Defesa da Vida e da Liberdade

Foto: Rogelio Casado - 20 anos de Luta Antimanicomial - Bauru-SP, dez/2007
Nota do blog: Os mineru são danadu de bão, sô! Leia só o que o Fórum Mineiro de Saúde Mental (filiado à Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial) escreveu na Semana de Luta Antimanicomial. Êta trem doido, sô!

MANIFESTO EM DEFESA DA VIDA E DA LIBERDADE

Nós militantes da Luta Antimanicomial Mineira nos posicionamos diante das autoridades e da sociedade com uma firme opinião de forma irrevogável e inegociável. Defendemos que todos os seres humanos detêm, como participantes da vida social, o direito à vida com qualidade e dignidade e à liberdade para se posicionar com naturalidade, sem que sofra preconceito e discriminação, opiniões diferentes ao senso comum da cultura hegemônica.

Acreditamos que a paz se conquista com o respeito às diversidades culturais e religiosas. Acreditamos também no bem, no amor e que a única verdade que se pode compartilhar como senso comum, é que não existe uma verdade absoluta e sim várias verdades relativas, que permite que se construa uma eterna troca enriquecedora tanto para quem aprende, quanto para quem ensina.

Neste 18 de maio de 2008, data em que comemoramos o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, iremos para as ruas como forma legítima de reivindicação e protesto de um estado democrático de direitos e deveres, para gritar bem alto, para todo mundo ouvir, que a loucura quer o seu espaço social, com direito à felicidade, à expressão cultural e ao trabalho.

Por ter sido vítima da exclusão social, condenados à segregação nos manicômios; criticamos a legitimação social, das nossas autoridades e dos cidadãos, da ética capitalista de que os fins justificam os meios com o objetivo de lucros, tornando o ser humano mais frágil, meras presas nas mãos dos donos do poder e dos profissionais de saúde que buscam alta lucratividade a qualquer custo, sem ética e com total desrespeito à vida.

Defendemos também um tratamento de qualidade para todos no SUS (Sistema Único de saúde) e que além do respeito à vida e às particularidades de seres únicos que cada um é, que a liberdade seja considerado, na saúde, o maior instrumento terapêutico, que permite a busca constante das diversas dimensões de anseio da alma humana.

FÓRUM MINEIRO DE SAÚDE MENTAL

Belo Horizonte, 14 de maio de 2008
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