PICICA: "Bien, o coração é este
almirante louco, meus kamaradas! Da Existência, o que se pode esperar é
que ao fim dela nada devamos: isso é ter vivido bem, sobremaneira(??).
Nos dias em que Existir num convier, recomendo boa rede y 1 bom disco do Bix, Coltrane, Miles, Bandford, algo assim, talvez o Alone in San Francisco, do Monk… e, principal-mente, abandonem os relógios nesse dia. Assim, Existir parece + tênue. Pero, se por hora, Existir tem sido sinônimo de correr pra lá&pra cá… que num seja em vão, pelo menos."
Meu queridíssimo Camus abre ”O Mito de
Sísifo” dizendo que a única Questão philosófica real-mente importante é
o suicídio (1º§ da 1ª página).
O philósofo alemão Schopenhauer concluiu que o suicídio é algo
estúpido, pra falar pouco. Dispara: “Suicidar-se é uma insensatez e
inutilidade; destrói-se de maneira arbitrária o fenômeno individual, mas
a coisa em si permanece ilesa”. Concordo com ele. Pero…
certa-mente “a idéia do suicídio é uma grandiosa consolação: auxilia a
suportar muitas noites más”, como nos lembra o Mestre Nietszche.
Fico só com a idéia.
Fico só com a idéia.
Baudrillard, franco-conhecedor y quase franco-atirador a
partir de Nietzsche, derivou matematica-mente o tom lenitivo do Mestre:
dá de ombros com seu “ao sujeito resta sempre a morte” (quand même).
Leque aberto, de resto, desde há
muuuuito tempo. Meu caríssimo argelino Camus, acostumado a acertar o
relógio pelo último petardo que mandou pelos ares centenas de inocentes
em seus pagos, junto aos culpados, insistia em glorificar a existência.
Os existencialistas, do alto de sua intelectualidade&enfado,
debruçados sobre livros&saberes, clamavam por liberdade até pra tudo
renegar, pelo direito d’alguém desdenhar a Vida. No auge do arrufo
público com o pied noir, Sartre proclama “diga-me Camus, o que há de tão errado em alguém abrir mão de sua vida.”
“Nunca falta a ninguém um bom motivo
para se suicidar”, Cesare Pavese. Esqueçamos tais motivos ou, pelo
menos, que “seja apenas uma idéia”.
Bien, o coração é este
almirante louco, meus kamaradas! Da Existência, o que se pode esperar é
que ao fim dela nada devamos: isso é ter vivido bem, sobremaneira(??).
Nos dias em que Existir num convier, recomendo boa rede y 1 bom disco do Bix, Coltrane, Miles, Bandford, algo assim, talvez o Alone in San Francisco, do Monk… e, principal-mente, abandonem os relógios nesse dia. Assim, Existir parece + tênue. Pero, se por hora, Existir tem sido sinônimo de correr pra lá&pra cá… que num seja em vão, pelo menos.Fonte: Psicotramas
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