outubro 28, 2013

SOS Encontro das Águas denuncia obra que não repeita ritual administrativo

PICICA: Era um buraquinho, no começo. Com a erosão, virou um buracão. Tudo isso na frente de um dos mais lindos lagos da área urbana, ou quase isso, da cidade de Manaus, no bairro Colônia Antonio Aleixo. Historicamente, a Colônia Antônio Aleixo, então área rural do município, era o lugar onde viviam segregados os hansenianos. Com a explosão demográfica, virou bairro. Sua população ultrapassa 40 mil pessoas. Com o fim da Colônia em 1978, o governo estadual foi pressionado a oferecer moradias para os que viveram a longa noite da internação. O conjunto Amine Lindoso é produto dessa demanda. O presidente Lula, em seu segundo mandato, compareceu à inauguração. O que ninguém sabia é que parte do aterro próximo ao conjunto habitacional era feito de serragem, e que a estação de tratamento de esgotos ficaria só na promessa, duas misturas explosivas. Dejetos sendo lançados nas águas do lago e uma continua erosão logo abriria uma cratera atingindo o arremedo de jardim construído em frente das casas. Após frequentes denúncias, os moradores do lugar estão sem saber quem resolveu dar o ar da graça para aterrar o buraco. Sem nenhum identificação sobre o tipo de serviço a ser realizado, tampouco sobre quem é o responsável pelo serviço, a Associação de Moradores do Bairro está denunciando a obra que, pelo que se vê, se limita a aterrar a cratera, ignorando o destino dos dejetos da outrora rede de esgotos. O movimento SOS Encontro das Águas levou o fato ao conhecimento da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.

Fotos: Valter Calheiros - Outubro/2013

Carta enviada pelo Movimento SOS Encontro das Águas à
Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Amazonas
(c/cópia ao Procurador Chefe da Procuradoria da Republica no Amazonas)
 
Assunto: Registro Fotográfico - Conjunto Habitacional Cidadão II – Amine Lindoso

Para conhecimento, estamos enviando registro fotográfico do Conjunto Amine Lindoso. As imagens foram feitas neste domingo (27/10/2013) em companhia da Pedagoga Marisa Lima, que acompanha este caso desde as primeiras denuncias em relação aos problemas apresentadas nas obras realizadas no Conjunto Habitacional Amine Lindoso.

Na visita ao local, percebemos que não há nenhuma placa indicando qual o objetivo da obra, seus custos, tão pouco os responsáveis pela obra, como também se a obra é resultado da Ação Civil Publica do MPF/AM.

Diante da falta de informação, solicitamos à Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Amazonas que realize visita na área e solicite informações à SUHAB e a SEINFRA sobre a obra.

Cordialmente,

Movimento SOS Encontro das Águas

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