novembro 05, 2015

A ESTRADA - Espetáculo AMAZONENSE premiado pelo MINC - FUNARTE inicia circulação no INTERIOR DO AMAZONAS

PICICA: "A OBRA narra um dos episódios mais marcantes da AMAZÔNIA, a construção da BR 174 que liga MANAUS à BOA VISTA, que durante o período de 02 décadas exterminou quase por completo a aldeia Waimiri Atroari, área por onde o traçado de asfalto rasgou a aldeia objetivando a “INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA”, pactuada entre os “Militares e o Governo Americano”" 










 
APRESENTAÇÃO

A ESTRADA

No dia 06 de novembro a AACA - Associação dos Artistas Cênicos do Amazonas - ARTE & FATO apresentar-se na Praça da Cultura do Município de Presidente Figueiredo, (aproximadamente a 01 hora da capital AMAZONENSE), com o espetáculo A ESTRADA. O projeto foi contemplado no edital Myriam Muniz de Teatro 2014, com título: Koch Grunberg, de Manaus à Boa Vista, fazendo justa homenagem ao centenário de um dos principais etnólogos da Europa, escolhendo a região amazônica e suas fronteiras para refletir o modo de “ser e existir” na região, cujo velho continente nomeou de “inferno verde” impossível de favorecer o “conhecimento”.

O espetáculo tem patrocínio da PMM – Prefeitura Municipal de Manaus, ofertando apoio logístico para realização de CIRCULAÇÃO nos bairros da cidade em escolas públicas. A apresentação na cidade de Presidente Figueiredo será em praça pública em formato de ARENA dialogando com a
tragédia da obra. Outros Munícipios vão poder conferir a obra, sendo eles: Parintins, Itacoatiara e Rio Preto da Eva, todos viabilizados pelo Governo federal.


A apresentação será destinada a alunos da rede municipal de ensino, e conta com o patrocínio da Prefeitura de Presidente Figueiredo ofertando apoio logístico a evento com estrutura de som e iluminação, além de mobilizar toda rede municipal de ensino para a ÚNICA apresentação da tragédia amazônica escrita e dirigida pelo encenador Douglas Rodrigues.

A OBRA narra um dos episódios mais marcantes da AMAZÔNIA, a construção da BR 174 que liga MANAUS à BOA VISTA, que durante o período de 02 décadas exterminou quase por completo a aldeia Waimiri Atroari, área por onde o traçado de asfalto rasgou a aldeia objetivando a “INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA”, pactuada entre os “Militares e o Governo Americano”.

O episódio é conhecido internacionalmente como A EXPEDIÇÃO GALLERI os enviados por DEUS, o assunto no BRASIL foi considerado por ANOS: PROIBIDO.

A construção do traçado urbano (BR174) é considerado pelos pesquisadores e etnólogos um dos piores massacres indigenistas da modernidade, chegando a ser comparado ao século XVI e as malditas expedições Espanholas e Portuguesas na AMAZÔNIA.

A obra foi pesquisada e escrita pelo premiado encenador Douglas Rodrigues, que recebeu prêmio de Melhor Dramaturgia no 11º Festival de Teatro da Amazônia, além dos prêmios: 


Atriz (Marcia Keila Gomes Adelino)
Maquiagem

Dramaturgia
e Melhor Espetáculo

A obra foi contemplada no edital da PMM - Prefeitura Municipal de Manaus, através da MANAUSCULT no edital CONEXÕES CULTURAIS, e deve apresentar-se pelas áreas periféricas da cidade de Manaus, além de visitar cidades do interior do Amazonas nas próximas semanas.

A obra faz parte da TRILOGIA: "O outro entre nós" refletindo a desintegração da identidade Étnica Regional, a partir do Pacto estabelecido entre o Governo Brasileiro e o Americano para INTERNACIONALIZAR a AMAZÔNIA,

A TRILOGIA é composta das 03 obras:

A ESTRADA - Tragédia Mítica Urbana, baseado em fatos reais.

FLECHA BORBOLETA - Épico inspirado em MADAMA BUTERFLY, traduzindo em TEATRO a expedição ABBINK chefiada pelo aviador John Abbink na aldeia Yanomami, portanto, baseada em fatos reais. Prêmio PMM – Prefeitura Municipal de Manaus, a ser encenada em 2016.

CASA DÁGUA - Duelo de Mãe e Filha sobre a gravidez prematura, numa casa flutuante cercada de Água. Drama familiar nos barrancos ribeirinhos.

O discurso dos abusos sexuais debaixo dos telhados ribeirinhos...

FICHA TÉCNICA

Acácia Mie: FÊMEA/ÍNDIA/ALDEIA

Keila Gomes: KIÑA

Lucas Karbajal: VELHO ÍNDIO/ALDEIA.

Dayane Nunes: ALDEIA.

Bitta Catão: ALDEIA

Fagner Coelho: MADAMA

Paulo Altallegre: JOVEM

TEXTO: Douglas Rodrigues

MÚSICA: Arte & Fato núcleo musical.

CENÁRIOS E FIGURINOS: Douglas Rodrigues

CONFECÇÃO DE CENÁRIOS E FIGURINOS: Douglas Rodrigues.

DESIGNER: Janderson Sarquis

ILUMINAÇÃO E OPERAÇÃO: Douglas Rodrigues

EFEITOS: Arte & Fato

MAQUIAGEM: Arte & Fato

ARRANJOS: Regina Santos.

PERCUSSÃO 01: Alan Jones

PERCUSSÃO 02: Ícaro lima da Costa

VIOLONCELO: Calebe Alves Texeira

DIREÇÃO GERAL: Douglas Rodrigues

 

O ESPETÁCULO

É um espetáculo crítico, sensível e poético, mesmo se tratando de uma dramaturgia que narra fatos históricos, distancia-se da “repugnação” comuns no gênero épico. O recorte histórico se dá entre as décadas de 70/80, o encenador utilizou a construção da “TRANSAMAZÔNICA e BR 174” para compor a TRAGÉDIA e a CENAS, distanciando-se ao máximo das DATAS e sua importância de verossimilhança não deixando o espetáculo com linguagem REALISTA, destruindo as simbologias, signos e as iconografias. Os envolvidos na tragédia foram fonte de pesquisa, não de teatralização. A ditadura militar deve ser suprimida por um elemento, numa CENA SIMBOLO, porém, a barbárie deve ser estabelecida através da ESTRADA e da LOUCURA, é a obra: “Flores do Mal” dialogando com o “Paraíso”, a máquina como progresso num trecho impenetrável da Amazônia.

A obra reacende reflexões sobre a colonização da região amazônica num recorte histórico, transfigurando o século XVI e as viagens sanguinárias da Espanha para a década de 70, período da construção da transamazônica. Temas como: O progresso, a barbárie, batalhas entre índios e invasores, violência, alteridade, choques culturais, abusos sexuais e identidade étnica são abordados.


As fantasmagorias dos personagens históricos apareceram, tais quais: O cronista Frei de Carvajal “Relacion del nuevo descobrimento del famoso rio grande das amazonas” e o Bárbaro Aguirre e sua expedição maldita, dialogando a todo momento com personagens representantes do progresso, estimulando novas alteridades, colonizações e batalhas. O fardo histórico retorna na tríade dos personagens enclausurados num ponto impenetrável da floresta, reacendendo mágoas seculares num novo modelo estético de canibalismo e antropofagia representado pela máquina que invade a aldeia KIÑA (Waimiri Atroari) na década 70/80. A dramaturgia experimenta teatro moderno e teatro contemporâneo, hibrido intextual e multicultural com conflitos entre a cultura de pensamento selvagem e a cultura do progresso, num pulsante dialogo sobre a banalidade do mal.

Tragédia Mítica Urbana: A ESTRADA  “O outro entre nós”

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