março 04, 2016

Uma seleção de exposições no Brasil para quem gosta de fotografia (REVISTA ZUM)

PICICA: "Veja uma seleção de exposições no Brasil e no exterior para quem gosta de fotografia"

Uma seleção de exposições no Brasil para quem gosta de fotografia

Publicado em: 01 de março de 2016
 
Veja uma seleção de exposições no Brasil e no exterior para quem gosta de fotografia:

São Paulo

Frontalismo
Facundo de Zuvíria

Museu Lasar Segall, até 7 de março de 2016

Facundo_4

Frontalismo é a segunda individual que o fotógrafo argentino Facundo de Zuviría apresenta no Museu Lasar Segall. A primeira, Cada vez te quiero más, foi realizada em 2014, por ocasião da Copa do Mundo, e faz parte da série dedicada ao time Boca Juniors e ao bairro de La Boca, em Buenos Aires. A obra de Facundo de Zuviría ancora-se na tradição da fotografia argentina, em que o olhar urbano está em um primeiro momento associado à visão vanguardista de Horacio Coppola, cujas obras também estiveram no museu paulistano em uma mostra comparativa com Hildegard Rosenthal. Mais informações aqui.
 
Foto Cine Clube Bandeirante: do arquivo à rede
Masp, até 20 de março de 2016



A exposição, com curadoria da artista Rosângela Rennó, apresenta 279 obras de 85 artistas, todos ex-integrantes do fotoclube mais influente na cidade de São Paulo, ainda em atividade desde sua fundação em 1939. As imagens retratam os anos de formação do Foto Cine Clube Bandeirante, tornando possível conhecer a fase inicial da produção de fotógrafos que viriam a ser conhecidos como expoentes da fotografia moderna, como Thomaz Farkas, Geraldo de Barros e German Lorca. Mais informações aqui.
 
Por debaixo do pano
Nair Benedicto

Casa da Imagem, até 20 de março de 2016

Nair Benedicto | divulgação

A mostra revela a “realidade falsamente camuflada e desnuda da nossa vida cotidiana”, segundo o curador Diógenes Moura, reunindo fotografias sobre tribos indígenas, manifestações populares, ditadura, desigualdades sociais, entre outros temas. Perseguida pelos militares no período da ditadura, Nair faz uma alerta em defesa às liberdades individuais pelas quais muitos perderam a vida: “Vivi a agonia do golpe de 1964 e não esperava reviver. Mas cá estamos neste emaranhado de confusões. Dói ver que pessoas tenham coragem de defender nas ruas e nas redes sociais a volta da ditadura! É a perversidade sem limites!”. Mais informações aqui.

Programando o visível
Harun Farocki

Paço das Artes, até 27 de março de 2016

"Paralelo IV", 2014

Programando o visível, mostra do artista tcheco Harun Farocki (1944-2014), busca refletir sobre a natureza das imagens do século 21, explorando o deslocamento das imagens captadas por aparelhos ópticos para imagens geradas por computador. Em exibição, as instalações Paralelo I-IV (2014) e Interface (1995), além de Frases de impacto, imagens de impacto: Uma conversa com Vilém Flusser (1986). Paralelo I-IV, último trabalho de Farocki, é para a curadora Jane de Almeida, uma extensão de questões discutidas em seus trabalhos anteriores, marcados pela compilação de filmes: “Para analisar os games, Farocki não apenas resgata a reflexão sobre a invenção da perspectiva na construção do universo Renascentista, mas também o debate sobre a fotografia como meio que libera a pintura de sua busca de semelhança com a realidade”. Mais informações aqui.

Transver: fotografias feitas por pessoas com deficiência visual
Pinacoteca do Estado, até 3 de abril de 2016

pinacoteca01

A mostra apresenta trabalhos dos dez alunos do Curso de Fotografia para Deficientes Visuais da Pinacoteca. O curso buscou sensibilizar os participantes através de poemas de Manoel de Barros, de trabalhos de fotógrafos contemporâneos e de visitas à Pinacoteca e seu entorno, com auxílio de diversos materiais multissensoriais do Programa Educativo para Públicos Especiais da Pinacoteca. O resultado fotográfico surpreende: os participantes, todos com diferentes graus de deficiência visual, aprenderam a lidar com o equipamento, a desenvolver as competências básicas necessárias e a perceber o espaço a partir dos outros sentidos. Mais informações aqui.

Do arquivo de um correspondente estrangeiro: fotografias de Luciano Carneiro
Instituto Moreira Salles-SP, até 19 de junho

Civis sul-coreanos retornam à cidade devastada. Seul, Coreia do Sul, 1951. © Luciano Carneiro/Acervo Instituto Moreira Salles

Luciano Carneiro foi um dos jornalistas mais atuantes de seu tempo. Em uma curta carreira, interrompida por sua morte aos 33 anos em um acidente aéreo, logo se destacou entre os principais nomes de O Cruzeiro, revista em que trabalhou entre 1948 e 1959. A exposição, com curadoria de Sergio Burgi e Joanna Balabram, conta com 150 imagens do final da década de 1940 e da década de 1950 e pretende difundir a visão de um talento ainda pouco conhecido na história da fotografia brasileira, além de permitir um denso recorte do início do moderno fotojornalismo no país. Saiba mais aqui.

Rio de Janeiro

A viagem das carrancas
Instituto Moreira Salles-RJ, até 20 de março de 2016

viagem_as_carrancas_10ft

Com curadoria de Lorenzo Mammì, a mostra apresenta ao público 40 carrancas de coleções públicas e particulares e 42 fotografias de Marcel Gautherot pertencentes ao acervo do IMS, além de pequenas esculturas, um modelo de barco e documentos diversos. Entre os destaques está a figura de proa da lendária barca Minas Gerais, a maior embarcação que já navegou o rio São Francisco, esculpida por Afrânio – primeiro escultor de carrancas conhecido, ainda no fim do século 19. Também estão expostos registros dos fotógrafos Hans Gunter Flieg e Pierre Verger e do pesquisador Paulo Pardal. Mais informações aqui.

Zeitgeist: arte da nova Berlim
Centro Cultural Banco do Brasil, até 4 de abril de 2016



A coletiva itinerante traz pinturas, fotografias, performances, instalações, videoarte e a cultura dos clubs berlinenses, na visão de 29 renomados artistas. Marcada por duas guerras mundiais e dividida pelo Muro durante quase três décadas, a capital da Alemanha se reergueu das cinzas. Da vida improvisada dos anos 1990, as contradições que caracterizaram a cidade, reinventada a partir de dois mundos, acabaram por formar, pouco a pouco, o Zeitgeist, que hoje projeta sua influência muito além da Europa Central e atrai artistas do mundo todo com seu magnetismo. Entre os artistas em exposição estão Michael Wesely e Tobias Zielony. Mais informações aqui.

Outras portas da percepção
Arthur Omar

Oi Futuro – Flamengo, até 1º de maio de 2016



A exposição apresenta os mais recentes trabalhos fotográficos de Arthur Omar. Teoria antropológica e experimentação visual se reúnem numa vivência imersiva onde o aspecto sensorial e o aspecto conceitual da obra de arte se fundem num único percurso: uma sucessão de imagens quadradas, de um metro por um metro, em fundo negro, todas formando faces, que se surgem e se deformam segundo o olhar e a interpretação de cada um.

Curitiba

Polaroids, 1998-2012
Charif Benhelima

Museu Oscar Niemeyer, até 3 de abril de 2016

memorial_i_2009_da_seÌ-rie__from_the_series_roots_polaroid_600_spectrum

Charif Benhelima é considerado um dos maiores nomes belgas da fotografia contemporânea. Sua obra representa, hoje, uma das mais inovadoras e consequentes pesquisas em Polaroid. Com curadoria de Daniella Géo e Christophe De Jaeger, a exposição apresenta aproximadamente 130 Polaroids e três obras em grande formato (derivadas das Polaroids), sendo divididas em quatro séries. Compostas, em grande parte, como espécies de abstrações figurativas, as polaroides de Benhelima são imbuídas de ambiguidade. A percepção do tempo, do espaço, do real e do simulacro é desestabilizada, e a subjetividade do observador perante as imagens, assim como as questões que elas levantam, assume seu papel construtivo diante de toda representação. Mais informações aqui.

O tempo e a imagem
Guilherme Glück

Museu Oscar Niemeyer, até 10 de abril de 2016

41

A mostra, com curadoria de Ederson Santos Lima e Graça Bandeira, traz cerca de 100 fotografias de Guilherme Glück, registros de quatro décadas da cidade da Lapa (PR), seus habitantes, seus costumes e tradições. Dessa forma, sua trajetória reflete também as mudanças sociais, políticas e arquitetônicas da cidade. Mais que o cotidiano de uma pequena cidade do interior, trata-se de um registro histórico e iconográfico do local. Dos diferentes temas abordados pelo fotógrafo, a exposição abrange os considerados mais representativos da riqueza cultural lapeana e paranaense: educação, trabalho, período varguista, cultura e a Lapa urbana. Mais informações aqui.

Poços de Caldas

Impressões ao rés do chão
Alice Brill

Instituto Moreira Salles-Poços, até 26 de junho de 2016

Protesto em frente ao edifício da Câmara Municipal, Rio de Janeiro, RJ, c. 1965. Coleção Alice Brill/Instituto Moreira Salles.

Com curadoria de Giovanna Bragaglia, a mostra reúne cerca de 90 fotografias, além de documentos que apresentam a trajetória fotográfica de Alice Brill no Brasil. Ela registrou belas imagens de São Paulo, mas também o descontentamento de seus habitantes; documentou o desenvolvimento da cidade, com seus prédios e viadutos, mas também a longa fila de passageiros à espera do ônibus; fotografou uma visita de deputados ao Centro-Oeste do país com a comitiva da Fundação Brasil Central, mas também o incômodo de uma índia com esse grupo. Como uma crônica, seu olhar percorre um período de intenso desenvolvimento, mas sem mascarar contradições e dificuldades. Mais informações aqui.

Fonte: REVISTA ZUM

Nenhum comentário: