abril 07, 2015

Limite (1930) (Cinema Cultura)

PICICA: "O tema é a ânsia do homem pelo infinito, seu clamor e sua derrota. A situação é um barco perdido no oceano com três náufragos – um homem e duas mulheres. O filme começa no barco onde os náufragos estão abatidos, deixaram de remar e parecem confortados com seu destino, daí começam então a contar suas histórias."


Limite (1930)

• Direção: Mário Peixoto
• Roteiro: Mário Peixoto
• Gênero: Drama
• Origem: Brasil
• Duração: 120 minutos
• Tipo: Longa-metragem
• Diáologo: s/d
• Legenda: s/l
• Cor: P&B

O tema é a ânsia do homem pelo infinito, seu clamor e sua derrota. A situação é um barco perdido no oceano com três náufragos – um homem e duas mulheres. O filme começa no barco onde os náufragos estão abatidos, deixaram de remar e parecem confortados com seu destino, daí começam então a contar suas histórias.

“Limite”, que jamais foi exibido comercialmente – e é, talvez por isso, um filme mais comentado do que visto -, pode ser considerado como um dos filmes de avant-garde mais discutidos tanto no plano nacional quanto internacional. Estreou em 17 de maio de 1931 para sócios e convidados do Chaplin Club no Capitólio. Adhemar Gonzaga, inicialmente convidado para dirigi-lo, não aceitou, indicando Edgar Brasil para realizar e fotografar e Ruy Costa como assistente. As primeiras cenas foram tomadas com máquina emprestada pela Phebo Brasil Film, de Cataguases. Agenor Cortes de Barros, dono do Engenho Central Brasil, de Cataguases, ao ceder a máquina, escreveu para Adhemar Gonzaga: “o Edgar levará a máquina da Phebo, mas preciso que me informe o tempo que vai ficar com a referida máquina, e se o Sr. Mário Peixoto é pessoa que possa responsabilizar-se em um caso de acidente que haja com a máquina, ou mesmo inutilizá-la durante a filmagem”. Quando Adhemar Gonzaga pediu à Tibor Rombauer a apresentação de Limite nos cinemas da Paramount, as condições impostas pelo diretor da distribuidora foram apenas de uma sessão especial, das lOh3Omin às l2h, nos cinemas Império ou Capitólio, do Rio de janeiro, com aluguel de 200 000 e mais carta de fiança com garantia contra qualquer estrago feito pelo público ante sua reação ao filme. E Mário Peixoto assim referiu-se posteriormente sobre Ruy Costa: “Ninguém melhor do que ele conhece um cenário, uma continuidade, um ritmo, o valor ou a capacidade de uma imagem”.Mário Peixoto nasceu em Bruxelas em 1908 e morreu no Rio de Janeiro em 1992. Seu único filme concluído foi “Limite”, mas ele deixou fragmentos de outros filmes e roteiros prontos. Publicou um romance em vários volumes, “O Inútil de Cada Um” (1984). A primeira restauração de “Limite” começou a ser feita em 1960 e só ficou pronta em 1977. A película de 35 mm com base de nitrato estava entrando em decomposição, a ponto de uma pequena parte ter se perdido. A nova restauração vem sendo realizada há mais de cinco anos, sob a supervisão de Saulo Pereira de Mello, diretor do Arquivo Mário Peixoto.

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