julho 07, 2015

A MANCHETE QUE NÃO SERÁ LIDA: "Polo Naval prejudica comunidades tradicionais de ribeirinhos"

PICICA: A manchete do Jornal Amazonas em Tempo é antiga e não chega a surpreender. Surpresa seria se ela explicitasse as ameaças que pairam sobre a vida das comunidades tradicionais de ribeirinhos e o sofrimento pelo futuro diante da intenção de implantar um Polo Naval na zona rural, a leste de Manaus, por uma vasta extensão do Encontro das Águas. Para quem acha que o Encontro das Águas se dá na extensão de pouco mais de 6 km entre os rios Negro e Solimões, tire o cavalinho da chuva. O fato é que, na seca, o Encontro das Águas atinge mais de 100 km leito afora do Rio Amazonas, atingindo o município de Itacoatiara. Quando a mídia passou a dar notícias sobre a implantação de um Polo Naval no Amazonas, causou perplexidade o anúncio de que o governo do Estado pretendia indenizar moradores numa extensão de 31 km de terras. Caramba! Nem na Holanda tem polo naval com essa extensão. Só recentemente corrigiram o erra, informando que a área seria bem menor; oi suficiente para criar uma Cidade Operária. Os ribeirinhos, juram de pés juntos, que ninguém os procurou para saber se eles querem mudar seu modus vivendi. "Ô gentinha atrasada!", vociferou um professor afetado pelo discurso neodesenvolvimentista do PT. Nos últimos anos, foram tantas as irregularidades que o Ministério Público Federal interveio para garantir pelo menos as audiências públicas. A academia não pode ficar indiferente a esse momento histórico, sobretudo porque a encrenca tornou-se maior: agora o Polo foi nomeado como POLO NAVAL E MINERAL DO ESTADO DO AMAZONAS. Dias piores virão.


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