Senado uruguaio aprova descriminalização do aborto
A Câmara de Senadores do Uruguai aprovou nesta terça-feira por maioria a Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva, que autoriza o aborto e que gerou polêmica em nível político e social no país, informaram fontes parlamentares.
A lei, que antes teve a aprovação da Câmara dos Deputados, foi impulsionada pelos legisladores da governista coalizão de esquerda Frente Ampla. No entanto, o presidente do Uruguai, o socialista Tabaré Vázquez, é contra a lei e anunciou que vetará a medida.
No Senado, a lei foi aprovada com o voto a favor dos legisladores governistas (17) e o voto contra do Partido Nacional e do Partido Colorado, de oposição (13).
A lei foi aprovada na semana passada pela Câmara dos Deputados em meio a uma forte polêmica e por pouca margem (49-48), mas retornou à Câmara de Senadores, onde teve aprovação prévia, porque foi parcialmente modificada pelos deputados e os senadores tiveram que ratificar essas mudanças, que não foram de fundo.
Segundo uma pesquisa divulgada na segunda-feira, 57% dos uruguaios são a favor da lei que legaliza o aborto e 63% rejeitam a possibilidade de veto concedido pela Constituição a Vázquez, médico de profissão, que anunciou exercerá esse poder.
Entre os entrevistados, 42% são contra e 1% não tem opinião formada ou preferiu não opinar. Dos 57% que são a favor do aborto, a grande maioria (65%) é de jovens, 67% têm nível sócio-econômico alto e 72% são eleitores da governante coalizão de esquerda Frente Ampla.
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