Há uma ave morta ali, o avisa o condutor do carro.
É um socó-boi.
O coitado morreu atropelado! O sangue fresco sobre o asfalto, observado de dentro do carro, denuncia que o bicho morrera havia poucos minutos.
O sol mal se pôs, mas já é necessário ligar o aparelho de ar condicionado do carro.
A cena do animal morto desfaz-se no espelho retrovisor, e o carro prossegue a viagem.
É rotineiro o atropelamento de animais e de pessoas nas rodovias do Brasil. Contabilizam-se mais as pessoas, raramente contam-se os animais.
Os índios waimiri-atroari, que têm suas terras cortadas em 125 quilômetros pela BR-174, que interliga Manaus (AM) e Boa Vista (RR), não compreendem o porquê de tanta indiferença de muitos dos não-índios com a vida dos animais.
Leia mais no blog www.textobr.com e www.textobrasil.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário