Campanha "Criminalizar o aborto resolve? Vai Pensando Ai" no Fórum Social Mundial 2009
Moção de Apoio às Mulheres de Mato Grosso do Sul - REGISTRE SUA ASSINATURA
IPAS no Facebook e campanha "Vai Pensando Ai" no MySpace
"Falemos de aborto" reprodução da entrevista com Thereza Jessouroun - "Fim do Silêncio"
Presidente Obama põe fim a Regra Global da Mordaça
Clipping: "Aborto é uma realidade nos consultórios médicos"
Campanha "Criminalizar o aborto resolve? Vai pensando ai" no Fórum Social Mundial 2009
Janeiro 2009
O Ipas Brasil, organização não-governamental cuja missão é contribuir para redução da mortalidade materna por aborto inseguro e promover a melhoria da qualidade da atenção para mulheres e adolescentes em situação de violência sexual, lança na ocasião do Fórum Social Mundial 2009, o site interativo da campanha "Criminalizar o aborto resolve? Vai pensando ai" . Criada pela Agência Santa Clara em março de 2008, a campanha visa promover o debate sobre a eficácia e atualidade da lei penal que criminaliza o aborto, por meio de perguntas feitas a transeuntes nas ruas de uma grande cidade do país.
Durante o Fórum Social Mundial 2009 que ocorre de 27 de janeiro a 01 de fevereiro em Belém no Pará, jovens estarão fazendo novas versões do filme da campanha, uma vez que eles serão os protagonistas de uma série de entrevistas que estarão sendo gravadas junto aos participantes do evento. Esses novos videos deverão ser exibidos, a partir da primeira semana de fevereiro - através do YouTube, Yahoo e Google videos. Além disso, novas discussões deverão ser agregadas nas comunidades da campanha nos sites de redes de relacionamento como Orkut e MySpace.
Para conhecer a campanha, acesse http://www.vaipensandoai.com.br. Quem quiser colaborar, pedimos para divulgarem e participarem, deixando sua opinião no site.
Moção de Apoio às Mulheres de Mato Grosso do Sul - Registre sua assinatura
Janeiro 2009
Entidades como FEBRASGO, FLASOG e Ipas Brasil, participantes do XIII Fórum Interprofissional Sobre Violência Contra a Mulher e Implementação do Aborto Previsto na Lei, que aconteceu no Maranhão em novembro passado, solicitam a todos que assinem a petição online "MOCIÓN CONTRA LA QUIEBRA DE LA PRIVACIDAD Y LA CRIMINALIZACIÓN MASIVA DE MUJERES POR SUPUESTO CRIMEN DE ABORTO EN EL ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, BRASIL" (em espanhol). O documento, escrito durante o "XIX Congreso Latinoamericano de Obstetricia y Ginecología" da FLASOG, na Argentina, foi feito em apoio a milhares de mulheres de Mato Grosso do Sul, que estão sendo investigadas por suposta prática de aborto. Colabore: divulgue e assine!
Ipas no Facebook e campanha "Vai Pensando Ai" no MySpace
Ipas está agora classificado como uma "causa" no site de rede de relacionamentos "Facebook". A causa esta descrita como "improve women's reproductive health and rights around the world." Ou "promover direitos humanos e a melhoria da saúde reprodutiva das mulheres ao redor do mundo". Se você tem uma conta pessoal no Facebook, é só acessar: http://apps.facebook.com/causes/189175?m=885b3665 (em inglês). Para quem quiser apoiar, basta divulgar o link e juntar-se a causa, há também a opção de doação online, através do link acima.
A campanha "Vai Pensando Ai" de Ipas Brasil também esta registrada no site de rede de relacionamentos "MySpace" - para apoiar, basta juntar-se ao perfil e acompanhar o blog através do link: http://www.myspace.com/vaipensandoai
"Falemos de aborto"
Ipas Brasil colaborou como fonte de informação e consulta junto a execução do novo documentário da cineasta Thereza Jessouroun, "O fim do silêncio". No filme, mulheres mostram seus rostos e falam abertamente sobre como e porque fizeram aborto. O trailer já está no YouTube através do link: http://br.youtube.com/watch?v=XbSUP0G5_Y0
Abaixo uma prévia e o link para a entrevista completa de Thereza Jessouroun - "Falemos de Aborto" - divulgada na Revista Zé Pereira (por Anna Azevedo)
O que te levou a fazer um filme sobre este assunto?
Quando o atual ministro da Saúde, José Gomes Temporão, assumiu o cargo, na sua primeira entrevista, declarou que o aborto é uma das principais questões de saúde pública do país. Sua declaração provocou reação imediata e polêmica na sociedade. Pela primeira vez, um ministro da Saúde tinha a coragem de tratar o tema abertamente. Comecei a ler sobre o assunto e achei que este era um tema que valia um documentário. Alguns meses depois, a Fiocruz Vídeo abriu um edital público para a produção de um documentário de 52 minutos cujo tema era saúde pública. Entrei com o projeto e ganhei.
Como o documentário está estruturado formal e conceitualmente?
A estrutura do documentário é bem simples: mulheres, de várias idades e profissões, e de três estados do país (Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco) falam para a câmera, sem esconder rosto nem identidade, como e porque fizeram o aborto. Estas regiões são as que apresentam maior índice de abortos inseguros do país (Sudeste e Nordeste). Uma câmera-car introduz cada mulher, revelando o bairro onde vivem. Alguns inter-títulos pontuam o documentário com as principais informações: números de óbitos que ocorrem, a cada ano, por abortamento inseguro, método mais comum etc.
Para ler a entrevista completa acessse o link:http://www.revistazepereira.com.br/falemos-de-aborto/
Presidente Obama põe fim a Regra Global da Mordaça
O primeiro passo para renovação da liderança dos Estados Unidos na área da saúde da mulher está dado
Kirsten Sherk - Ipas - 23 de Janeiro 2009
No dia 23 de janeiro de 2009, em um de seus primeiros atos oficiais, o Presidente Barack Obama pôs fim a Global Gag Rule (Regra Global da Mordaça), uma lei remanescente da era-Reagan que proibia organizações estrangeiras de usarem seus próprios recursos financeiros para trabalharem a questão do aborto como um problema de direitos humanos e de saúde pública caso aceitassem recursos do governo americano para a questão do planejamento familiar. Esse primeiro ato revela um processo amplamente esperado e vai de encontro às mudanças políticas norte-americanas que estão por vir em apoio aos direitos e à saúde sexual e reprodutiva; tanto nos Estados Unidos como internacionalmente.
A Presidente do Ipas, Elizabeth Maguire , comenta a notícia: "Os danos causados às mulheres pela Regra Global da Mordaça, estão bem documentados. Através de nosso trabalho no mundo com as comunidades mais atingidas, nós sabemos que o ato do Presidente Obama terá efeitos positivos e profundos nas vidas de milhares de pessoas.
"Mais de 250 organizações de 54 países que trabalham nas áreas da saúde e direitos humanos também demonstraram sua gratidão pela eliminação da Regra Global da Mordaça em uma Carta ao Presidente Obama (em inglês). As organizações que assinaram o documento são diversas e incluem a "Amnesty International", "Safe Motherhood Network Federation" (do Nepal), "Girls' Power Initiative" (da Nigéria) e a "Black Women's Health Imperative" (Estados Unidos).
"Assinei em nome de muitas mulheres que sei que gostariam de ter assinado mas que não sabem nem ler ou escrever", declarou Monica Oguttu, enfermeira e chefe do serviço de saúde e educação de Kisumu no Kenia. O carta foi escrita um pouco antes da confirmação do ato de Obama; ao que Monica diz: "Estamos rezando e estaremos em vigilia na noite do dia 19 em frente da casa de Obama em Kogelo, rezando pelo fim da Regra Global da Mordaça para que assim as mulheres possam usufruir de seus direitos".
Ipas e seus parceiros ao redor do mundo esperam que a remoção da Regra Global da Mordaça abra o caminho para o governo norte-americano em direção ao acesso a saúde reprodutiva e aos avanços com relação aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres em termos globais. Mais importante ainda, como Maguire declara, é o aumento dos recursos federais americanos para serviços de planejamento familiar em países economicamente desfavorecidos – a maneira mais acertada de reduzir a gravidez não planejada e o aborto. Organizações em direitos e saúde sexuais e reprodutivos além de pesquisadores nessa área recomendam o financiamento de pelo menos 1 bilhão de dólares anuais. A inclusão desse financiamento no orçamento federal deveria ser prioritária na administração de Obama.
Além disso, Ipas espera que a administração de Obama que irá trabalhar no Congresso Norte- Americano remova barreiras para financiamentos ao tratamento a abortos realizados em condições legais e que sejam discriminatórios e desiguais com relação a mulheres pobres. A Emenda Helms, que foi adicionada há 35 anos atrás à legislação americana e ainda está em vigor, proíbe o uso de recursos americanos para o tratamento ao aborto em quase todas as circunstâncias. Os efeitos dessa Emenda são ainda maiores, no entanto, quando se bloqueia ajuda para organizações que ofereçam tratamento emergêncial em saúde reprodutiva. "Já é tempo de acabar com tais restrições e barreiras para financiamentos domésticos similares a esse, como a Emenda Hyde", diz Maguire.
Mundialmente, a saúde reprodutiva em condições precárias se mantem com uma das principais causas de morte e doenças de mulheres em idade fértil, em particular de mulheres em países economicamente empobrecidos. Gestações indesejadas – que ocorrem devido a falta de acesso a serviços de planejamento familiar – resultam em aproximadamente 40 milhões de abortos anuais. Metade desse número é realizado em condições de risco, realizado por pessoas sem a qualificação necessária e em condições de higiene inadequadas. Complicações que resultam de uma interrupção gestacional insegura geram aproximadamente 67.000 mortes e pelo menos 5 milhões de danos físicos sérios. Esses números são anuais e todos eles podem ser evitados.
Leituras - Tradução da: Carta ao Presidente Obama (em Português)
Clipping: Aborto é uma realidade nos consultórios médicos
Veja Online 24/01/2009
O aborto continua sendo um dilema social, humano, jurídico e um risco para a saúde de quase um milhão de mulheres brasileiras todos os anos. Essa questão, sem solução unânime no campo religioso (quando o feto passa a ter alma?) e no científico (quando a vida começa?), vem sendo encarada no dia-a-dia dos consultórios. Tem crescido o número de médicos que, diante da irredutibilidade das pacientes em abortar, consideram seu dever profissional ajudá-las a enfrentar da melhor maneira possível as consequências da decisão.
Essa atitude deriva da filosofia da "redução de danos" já adotada antes em alguns países para proteger a vida de usuários de drogas pesadas que não conseguem se livrar do vício. Diz o obstetra Osmar Ribeiro Colás, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): "Não posso interromper uma gestação, mas tenho o dever ético de explicar a minha paciente quais são os métodos abortivos e, depois, se necessário, acudi-la".
O Brasil tem cerca de 18.000 ginecologistas. Não existem estatísticas de quantos tornaram-se adeptos da filosofia de redução de danos. O certo é que há vinte anos era raro achar um médico que discutisse essa questão e impossível encontrar outro que admitisse essa abordagem em sua prática médica. Hoje não só se debate livremente a questão do ponto de vista teórico mas muitos, como o doutor Osmar Colás, admitem publicamente que não deixariam sem assistência uma paciente apenas porque ela decidiu abortar.
As estatísticas são pouco confiáveis, mas os especialistas admitem que sejam realizados anualmente cerca de um milhão de abortos clandestinos no Brasil. As complicações decorrentes de abortos malfeitos, sem condições de higiene ou segurança, representam a quarta causa de morte materna. Cerca de 200.000 mulheres morrem em conseqüência de hemorragias e infecções. O cenário foi bem pior em um passado não muito distante. Na década de 80, os abortos clandestinos podem ter chegado a 4 milhões por ano. Uma série de fatores se combinou para reduzir esse número. Os mais efetivos foram o aperfeiçoamento dos métodos anticoncepcionais e a disseminação no país de políticas de planejamento familiar.
Leia a reportagem completa através do link na página da Veja Online:
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/aborto-realidade-consultorios-medicos-417130.shtml
Mais links na Veja Online:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia-saude/acirrada-polemica-legalizacao-aborto-pais-exterior-417848.shtml
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