maio 26, 2012

Carta Maior Especial - Desordem Financeira e seus desdobramentos políticos

Boletim Carta Maior - 25 de Maio de 2012 Ir para o site



A Europa está fervendo. A vitória do socialista François Hollande na França e a possibilidade de vitória da esquerda na Grécia colocaram o até então impassível governo da chanceler alemã Ângela Merkel na defensiva. Some-se a isso a proximidade entre Hollande e o presidente dos Estados Unidos, Barack Omaba, em favor da retomada de uma agenda de crescimento na Europa, abrem um novo cenário político. Selecionamos neste boletim especial de fim de semana algumas matérias sobre o desdobramento da desordem financeiro no plano político, cujos desdobramentos ultrapassam as fronteiras da Europa e dos EUA, com relata Eric Nepomuceno sobre a situação da economia argentina.



Keen versus Krugman: capitalismo, instabilidade e crise
O debate entre Steve Keen e Paul Krugman serve para atrair a atenção sobre um fato fundamental que permanece escondido (em parte pela estupidez e cumplicidade de boa parte da comunidade acadêmica): a criação monetária não é poder privativo do banco central, mas está nas mãos dos banqueiros. A eles convém o endividamento crescente (seus lucros aumentam paralelamente). O artigo é de Alejandro Nadal.

> LEIA MAIS | | 24/05/2012
Argentina: a caça urgente ao dólar
Desde que, no segundo semestre de 2011, a economia argentina passou a dar sinais cada vez mais palpáveis de desaceleração, dispararam vários alarmas no governo. A Argentina tem problemas sérios na hora de conseguir financiamento externo. Depende basicamente de sua balança comercial para obter um superávit em dólares que permita fazer frente aos compromissos externos. Com a economia se retraindo a moeda norte-americana passa a se tornar alvo preferencial do governo. O artigo é de Eric Nepomuceno.

> LEIA MAIS | | 25/05/2012
Cúpula informal europeia opõe Merkel e Hollande
O cardápio da cúpula informal que reúne os 27 membros da União Europeia tem dois pratos que a chanceler alemã Angela Merkel não esperava degustar há dois meses : o crescimento e os eurobônus. O presidente francês, François Hollande, que fez campanha com essas duas ideias, fixou como meta servir a Merkel na bandeira dois temas que a responsável pela camisa de força da austeridade que prende a Europa não quer nem ouvir falar. O artigo é de Eduardo Febbro.

> LEIA MAIS | | 23/05/2012
Tsipras: "Refundar a Europa e derrotar o poder financeiro"
Em visita a Paris, onde se reuniu com Jean-Luc Mélenchon, o líder da esquerda radical grega, Alexis Tsipras, fez duras críticas à política europeia conduzida pela chanceler alemã Ângela Merkel e ao setor financeiro. "Esse poder é o grande inimigo dos povos, não governa mas decide sobre todas as coisas", afirmou. Tsipras acusou Merkel de “estar levando a Europa a uma espécie de suicídio coletivo”. As últimas pesquisas dão ao partido de esquerda radical 28% dos votos, a frente da direita da Nova Democracia, que apresenta 24%. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de Paris.

> LEIA MAIS | | 22/05/2012
'Vitória da esquerda na Grécia é decisiva para derrotar Merkel'
Um governo da Grécia que se oponha à política de austeridade é hoje a única possibilidade que a Europa tem de enfrentar a senhora Merkel. Não há nenhuma outra alternativa no curto prazo. Se isso acontecer teremos uma mudança política muito profunda. Esta é a única forma de enfrentar a chancelaria de Berlim, de vencer a direção da União Europeia, de vencer o Fundo Monetário Internaciona e de recuperar a democracia e a Europa. A avaliação é de Francisco Louçã, coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda, de Portugal.

> LEIA MAIS | | 20/05/2012
A volta do dracma: uma futurologia monetária
A saída da Grécia do euro colocará em xeque o sistema financeiro europeu e forçará medidas políticas de grande envergadura. Dada a possibilidade de colapso do sistema, o mais provável é que se encontre uma solução política conjunta para isolar a economia grega e blindar os demais países. Para que isso seja possível, será necessária uma injeção de liquidez no sistema bancário em escala nunca antes vista. Ao fim e ao cabo, os governos europeus perceberão que sairia mais em conta salvar a Grécia. O artigo é de Pedro Rossi.

> LEIA MAIS | | 16/05/2012
G8 rejeita programas de austeridade sem crescimento
A reunião de cúpula do G8 apontou rachaduras na hegemonia do pensamento ortodoxo alemão no âmbito europeu depois de dois anos de total domínio dele. Evidentemente que isso se deve, principalmente, à eleição de Hollande na França e a uma possível aliança dele com Barak Obama nos Estados Unidos. Não importa que o comunicado final do encontro tenha proposto não muito mais que a quadratura do círculo. O artigo é de J.Carlos de Assis.

> LEIA MAIS | | 20/05/2012
Grécia: o desespero da riqueza de papel  
A ruptura do tampão no caso grego pode gerar perdas em cadeia da ordem de um trilhão de euros --duas vezes o fundo de estabilização financeira reunido por Bruxelas. Mas a Grécia, e os mercados sabem disso, é só o elo mais frágil da corrente: ao quebrar ele transfere toda a tensão da crise sistêmica para a alça seguinte.Quem será o próximo?
> LEIA MAIS | | 20/05/2012

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