Imagem surrupiada da internet
PICICA: Por enquanto as críticas ainda são veladas (até antes de escrever estas mal-traçadas). Circulam timidamente entre os membros de listas fechadas de militantes antimanicomiais. Razão pela qual omito o autor das observações em vermelho sobre o texto da Coordenação Nacional de Saúde Mental. Se trago-as à luz, é porque mais vale a crítica fraterna, aberta e franca do que a crítica insidiosa. Há um mal-estar na militância antimanicomial, afinal os companheiros que respondem pela atual coordenação gozam do respeito de todos os segmentos que constroem a Reforma Psiquiátrica no Brasil. Superado o constrangimento de vê-los sendo atropelados pelo trator governamental, mais do que nunca faz-se necessário assinalar o que trabalhadores de saúde mental deste país pensam e porque rejeitam as medidas tomadas pelo governo Dilma Rousseff. Quem achar injustas as críticas abaixo, atire as primeiras pedras.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS
ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL & OUTRAS DROGAS.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS ESTRATÉGICAS
ÁREA TÉCNICA DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL & OUTRAS DROGAS.
18 DE MAIO – DIA NACIONAL DE LUTA ANTIMANICOMIAL
Neste
18 de maio – Dia Nacional de Luta Antimanicomial, a Coordenação
Nacional de Saúde Mental e Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde
vem se unir às centenas de manifestações que, de norte a sul do pais,
celebram as conquistas da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Nesta
ocasião, reconhecendo as contribuições do ideário antimanicomial para o
desenvolvimento das concepções assistenciais e politicas que orientam o
cotidiano das praticas de atenção, queremos reafirmar os nossos compromissos institucionais com a construção de respostas, no âmbito do SUS, (Comunidades
Terapeuticas não reafirmam compromisso institucional. Não podemos
financiar com o dinheiro do SUS serviços não preconizados na Lei
10216/01.) que façam chegar a cada brasileiro as ofertas
assistenciais compativeis com as suas necessidades, promovendo a
cidadania e a inclusão social.
Queremos
destacar que, no governo da Presidente Dilma, ampliou-se o orçamento da
Área Técnica de Saúde Mental de aproximadamente 12 milhões para 146
milhões. Determinações da Presidente apontam para o desafio de uma cobertura que
atinja a 100% da população. Especificamente na rede CAPS, aprovamos em
dezembro de 2011, um reajuste nos valores de financiamento da ordem
média de 40%, o que representa a injeção de 200 milhões a mais na rede
existente. (Esse dinheiro não pode financiar as Comunidades Terapeutica)
O
intenso apelo da questão social representada pelo incremento das
situações derivadas do abuso de Drogas, sobretudo do Crack, vem exigindo
respostas urgentes de todo Governo Federal, do Ministério da Saúde e
especialmente da Coordenação de Saúde Mental. Problema complexo,
envolvendo vários aspectos culturais, sociais e legais, a questão das Drogas que não se destacava nas respostas assistenciais, anteriormente oferecidas pela área da saúde mental, (Como assim? Os CAPS AD têm mostrado que é possivel cuidar daquele em sofrimento causado pelo abuso de drogas, sobretudo Crack)
quando oferecido vem recebendo prioridade, por determinação da
presidente Dilma e do Ministro Padilha. Novas portarias Ministeriais
foram editadas adotando novos
serviços auxiliares para atender a essa nova demanda, tais como as
Unidades de Acolhimento, as Comunidades Terapêuticas. (Estudos
e relatórios já foram apresentados indicando o péssimo serviço
oferecido por essas intituições ligadas à bancada evangélica
"Conumidades Terapeuticas" gerenciadas por evangelicos, catolicos e
espíritas)
No
plano normativo tivemos a instituição da Rede de Atenção Psicossocial
inscrito como uma das prioridades do plano de governo. Estamos
empenhados na expansão da rede substitutiva que registrou o
credenciamento de novas unidades sendo 1771 CAPS, 603 SRT e 4121 Leitos
em HG, ampliando e diversificando a capacidade de resposta ao sofrimento
mental. Uma expansão dessa natureza está a exigir um amplo e
participativo processo de rediscussão dos aspectos normativos presentes
nas atuais regulamentações, com o qual estamos comprometidos.
O processo de desinstitucionalização pressupõe que permanentemente coloquemos em questão os nossos saberes, as nossas práticas e as nossas instituições. Tratar em liberdade é conquista inquestionável da Reforma Psiquiátrica, assim, o surgimento dos CAPS em fins dos anos oitenta representou uma grande novidade no panorama hospitalocêntrico dominante. Passados mais de vinte anos torna-se necessário repensar vários aspectos que hoje são problemáticos para o seu funcionamento cotidiano na direção do seu aperfeiçoamento e qualificação.
Atualmente a rede SUS registra ainda a presença 32.200 leitos em hospitais psiquiátricos especializados. (Precisamos dos
leitos em hospitais gerais e não das "Comunidades Terapeuticas",
pequenos manicômios para usuários de alcool e outras drogas) Reafirmamos
os compromissos com os processos avaliativos da qualidade destes
estabelecimentos, no sentido da promoção dos direitos humanos e garantia
da qualidade dos serviços oferecidos a população. Comprometidos com o
aprofundamento dos processos de desinstitucionalização instituímos o
mecanismo de financiamento direto para os municípios para implantação e
manutenção dos SRT´s. A perspectiva de reabilitação psicossocial foi
enriquecida com o estabelecimento de uma nova linha de financiamento
para apoiar as iniciativas de trabalho e geração de renda.
Desejamos
que as comemorações deste 18 de maio façam ecoar em toda a sociedade
brasileira o compromisso de fazer avançar a luta em defesa dos direitos
dos portadores de transtorno mental e pela a sua inclusão social,
suporto ética do projeto da Reforma psiquiátrica. Participar da
construção cotidiana de respostas adequadas as necessidades expressas em politicas públicas intersetoriais é o compromisso dessa Coordenação Nacional.
Roberto Tykanori Kinoshita
Coordenador Nacional de Saude Mental, Álcool e Outras Drogas
DAPES/SAS/MS
Coordenador Nacional de Saude Mental, Álcool e Outras Drogas
DAPES/SAS/MS
Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas-DAPES/SAS/MS
Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas
SAF/Sul, Trecho 02, Lote 05/06 - Torre II - Edifício Premium
Térreo - Sala 13 - Brasília/DF - CEP: 70.070-600
(61) 3315 - 9144
(61) 3315 - 9144
Nenhum comentário:
Postar um comentário