PICICA: "A atual greve de fome começou em 17 de abril e os grevistas prometem levá-la até que as suas reivindicações sejam atendidas. Um número estimado em 1,2 mil detentos uniu-se a outros 2,3 mil que já recusavam alimentação e que há quase um mês deram início a uma campanha de desobediência: não usam uniforme e não respondem às chamadas quando os soldados realizam a contagem dos prisioneiros nas celas. Ao todo 3,5 mil detentos participam da greve."
A greve de fome dos palestinos
Em 17 de abril, 3.500 presos palestinos deram
início a um novo protesto nos presídios de Israel. A mídia colonizada,
que parece uma sucursal da Mossad, quase não tocou no assunto
03/05/2012
Altamiro Borges
Quando
algum preso cubano faz greve de fome, a notícia é manchete nos
jornalões e destaque nos telejornais. Willian Waack, da TV Globo, faz
sua cara de repulsa. Em 17 de abril, 3.500 presos palestinos se
recusaram a receber um prato de comida e deram início a um novo protesto
nos presídios de Israel. A mídia colonizada, que parece uma sucursal da
Mossad, quase não tocou no assunto.
Segundo as
agências de notícias, a greve de fome de mais de dois terços dos cerca
de 4.600 detidos em Israel foi seguida por atos de solidariedade dos
seus familiares e amigos nas ruas de Gaza e da Cisjordânia. Os protestos
marcam o “Dia do Preso Palestino”, celebrado todos os anos em 17 de
abril. Desta vez, porém, 1.200 presos se declararam em greve de fome
permanente.
A atual greve de fome começou em 17
de abril e os grevistas prometem levá-la até que as suas
reivindicações sejam atendidas. Um número estimado em 1,2 mil detentos
uniu-se a outros 2,3 mil que já recusavam alimentação e que há quase um
mês deram início a uma campanha de desobediência: não usam uniforme e
não respondem às chamadas quando os soldados realizam a contagem dos
prisioneiros nas celas. Ao todo 3,5 mil detentos participam da greve.
E
menos de uma semana depois do início da greve, o serviço prisional de
Israel já começou a puni-los. Foram cortados “privilégios” como visitas
de familiares. Além disso, foi proibido a entrada de objetos pessoais,
como os eletrônicos. Essa informação foi dada dia 23 de abril por Sivan
Weizman, uma porta-voz do serviço prisional de Israel.
Diante
das manifestações, o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Salam Fayyad, recusou-se a receber, de última hora, o dirigente
israelense Benjamin Netanyahu para mais uma rodada de “negociações”. Nem
teria cabimento receber o carniceiro e chefão dos presídios de Israel
em pleno Dia do Preso Palestino.
Fonte: Brasil de Fato
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