maio 17, 2012

Emoção na instalação da Comissão da Verdade no Amazonas: o caso individual do professor Nelson Noronha e o caso coletivo dos Waimiri-Atroaris

PICICA: Ontem, dia 16 de Maio, a presidenta da república Dilma Rousseff, instalou a Comissão da Verdade e Justiça. Leia artigo publicado na Carta Maior: "A força pode esconder a verdade, mas o tempo traz a luz"
 
Publicado em 16/05/2012 por 
Com a vitória de Egydio Schwade pela inclusão na pauta do debate público da verdade sobre o genocídio de mais de 2000 indígenas Waimiri-Atroari durante a ditadura militar (1964-1985), a instalação da Comissão da Verdade no Amazonas, na tarde do dia 15 de Maio de 2012, era para ser motivo de celebração das forças vivas da política amazonense. Além dos militantes de pelo menos três partidos de esquerda, do presidente da OAB-AM e de professores e alunos, os demais partidos fizeram de conta que não era com eles essa história da Verdade. Nem a reitoria mandou representante em sua propria casa. O evento ocorreu no auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal do Amazonas. O professor Paulo Monte finalmente pode tornar público os documentos que possui sobre o massacre dos Waimiri-Atroari, e que tem servido como orientação para estudos daquele período dramático da vida da república. Por sua vez, o Professor Doutor Nelson Noronha emocionou o público com um depoimento sobre um fato da sua vida pessoal desconhecido da maioria dos presentes. A dor do estimado professor toca o sentimento dos presentes porque dado na primeira pessoa. Se essa dor nos toca de perto, paira sobre todos nós uma dor maior: a do silêncio sobre o genocídio de uma das tribos indígenas do Estado do Amazonas. O depoimento de Nelson nos toca pelo caráter pessoal, enquanto a tragédia que se abateu sobre os Waimiri-Atroaris nos interpela como coletividade. Nenhum dos dois casos podem ficar impunes.

2 comentários:

Maiká Schwade disse...

Rogelio, muito bom o filme.
Parabéns
Gostei muito também daquele sobre balbina, é um registro fantástico.

porém tem uma pequena imprecisão no texto sobre a reunião pra formação do Comitê pela Verdade, Memória e Justiça do Amazonas que foi dia 14 e não 15.
Grande abraço.
Maiká

PICICA disse...

Grato, Maiká. Vou corrigir.