maio 21, 2012

Carta Maior: Especial "A Hora da Comissão da Verdade"

Boletim Carta Maior - 19 de Maio de 2012 Ir para o site
 

 


Essa foi uma semana histórica para a jovem democracia brasileira. A instalação da Comissão da Verdade, pela presidenta Dilma Rousseff, representa uma oportunidade ímpar para conhecermos episódios tristes e nebulosos de nossa história recente. A ditadura civil-militar representou um atraso para o país e deixou um rastro de violência, mortes, tortura e violação de direitos fundamentais. A Comissão da Verdade, agora instalada, poderá lançar um pouco de luz sobre esse período, tirando das sombras a verdade sobre o que ocorreu com muitos brasileiros e brasileiras que ainda estão desaparecidos. Como vem fazendo há alguns meses, a Carta Maior acompanhará esse tema de perto e traz neste final de semana uma seleção de dez textos que integram o Especial A Hora da Comissão da Verdade.
Boa leitura!



 
"A força pode esconder a verdade, mas o tempo traz a luz"
Com aplausos e entoando estrofes do hino nacional, políticos, militantes dos direitos humanos, vítimas da ditadura e familiares dos mortos e desaparecidos do regime saudaram a instalação da Comissão Verdade, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Foram poucos os que conseguiram não se emocionar. A própria presidenta Dilma Rousseff, durante seu discurso, embargou a voz e chorou.
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| 16/05/2012
 
Dilma anuncia nomes para a Comissão da Verdade
O perfil dos escolhidos divide opiniões. O ex-presidente da OAB, Cezar Brito, cobrou mais ousadia. A ex-exilada política Iara Xavier sentiu falta dos indicados pelos familiares das vítimas e dos comitês. A representante da Cejil, Beatriz Affonso, se mostrou preocupada com a interpretação que alguns fazem da Lei da Anistia. Já o ex-ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, elogiou. “O conjunto vai atender perfeitamente aos objetivos da Comissão”, afirmou.

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| | 11/05/2012
 
Governo quer incluir 370 camponeses na lista de vítimas da ditadura
Do período pré-golpe ao da redemocratização, 858 camponeses foram mortos no campo brasileiro. Do total, 370 são sindicalistas e lideranças de lutas coletivas. Mas a Comissão de Mortos e Desaparecidos reconhece apenas 17 trabalhadores rurais entre as 457 vítimas oficiais da ditadura. “Esses camponeses são os desaparecidos dos desaparecidos”, diz coordenador do Projeto Memória e Verdade, Gilney Viana.

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| | 17/05/2012
 
Verbitsky: militares brasileiros arrotam um poder que não têm
Em entrevista à Carta Maior, concedida em Roma, o jornalista argentino Horacio Verbitsky fala sobre as pressões militares que o governo brasileiro ainda sobre no tema da Comissão da Verdade. Para ele, essas pressões não demonstram força, mas o contrário. "A verdade é que são ridículos. Insisto, creio que a capacidade de resistência dos militares é zero, é nula. Eles estão arrotando um poder que não têm mais".

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| | 15/05/2012
 
Operação Condor: documentos detalham ações de ditaduras de Argentina, Uruguai e Chile
Documento da Polícia Federal argentina fornece detalhes sobre a coordenação das forças repressivas argentinas, chilenas e uruguaias, e suas ações contra seus opositores. O documento foi apresentado por dirigentes políticos e sindicais uruguaios, sobreviventes do centro de detenção clandestino “Orletti”, ao juiz Norberto Oyarbide, que julga a causa que investiga crimes contra cidadãos uruguaios, chilenos e de outros países, cometidos no marco da operação Condor.

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| | 14/05/2012
 
Juan Gelman: “Há muita coisa a ser investigada sobre a Operação Condor”
O poeta argentino Juan Gelman foi um dos principais convidados da Primeira Bienal do Livro e da Leitura, de Brasília. Em entrevista ao Página/12, ele comenta as recentes declarações do ex-ditador argentino Jorge Videla, fala sobre a Operação Condor e sobre o muito que ainda precisa ser revelado para se conheça a verdade e se faça a justiça. "Não estamos falando de velhas feridas, mas sim de feridas abertas que latejam como um câncer no subsolo da memória e na medida em que não são fechadas com a verdade, fazem toda sociedade adoecer".

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| | 22/04/2012
 
Os grandes grupos econômicos argentinos e seus mortos
No livro "Disposición Final", o ex-ditador Videla não dá nomes, não menciona empresas. Mas a Argentina conhece bem o papel de grupos multinacionais – a Mercedes Benz, a Fiat, os bancos – e sabe da ação tanto de grandes grupos de comunicação, como o Clarín e o La Nación, que na base da chantagem e da ameaça se apoderaram da empresa Papel Prensa. Algum dia, chegará a vez de esclarecer o enredo de cumplicidade entre poder econômico e ditadura, entre capital e terrorismo de Estado. O artigo é de Eric Nepomuceno.

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| | 21/04/2012
 
Levante Popular da Juventude faz "escrachos" de acusados de torturas e mortes
Alguns dos apontados como responsáveis por torturar a presidenta Dilma Rousseff, assassinar o militante Carlos Lamarca e desaparecer com o deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar, foram alvos da nova rodada de “esculachos”, nesta segunda (14) pelo Levante Popular da Juventude. As manifestações, que ocorreram em doze cidades brasileiras, reivindicaram a instalação da Comissão da Verdade, cobraram a localização e identificação dos restos mortais de desaparecidos políticos e exigiram que os torturadores sejam julgados e punidos.

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| | 14/05/2012
 
Emir Sader
Verdugos e vítimas

O que houve no Brasil foi uma ocupação do Estado pelas FFAA, que o militarizaram e impuseram uma ditadura no país. Daí as funções da Comissão da Verdade. Propor que se investiguem “dois bandos” é supor que o que houve de 1964 a 1985 foi uma guerra civil entre dois lados. Quando o que houve inquestionavelmente foi uma ditadura militar.

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| 15/05/2012
 
Edson Teles
Qual é a pauta da luta pela verdade sobre a ditadura?

A discussão a ser pautada pelos movimentos sociais, não é exclusivamente sobre o mérito dos membros da Comissão Nacional da Verdade, mas sobre quais as perguntas que tal comissão fará em seu funcionamento e quais respostas ela dará aos anseios de uma democracia por vir.

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| 16/05/2012

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