PICICA: "O documentário "Menino 23”, dirigido por Belisario Franca, mostra uma
investigação do historiador Sidney Aguilar por meio das memórias de
meninos negros e órfãos, vítimas de preconceito, trabalho semiescravo e
violência nos anos 1930. Um deles, hoje com 87 anos, relata os abusos. A
obra pode ajudar a compreender as raízes do racismo e do eugenismo no
Brasil e sua permanência ainda hoje. O documentário mostra a ação dos
nazistas brasileiros, que deixaram como sequelas o racismo e a negação
dele."
Documentário revela experiência nazista com meninos negros no Brasil
Adital
O documentário "Menino 23”, dirigido por Belisario Franca, mostra uma
investigação do historiador Sidney Aguilar por meio das memórias de
meninos negros e órfãos, vítimas de preconceito, trabalho semiescravo e
violência nos anos 1930. Um deles, hoje com 87 anos, relata os abusos. A
obra pode ajudar a compreender as raízes do racismo e do eugenismo no
Brasil e sua permanência ainda hoje. O documentário mostra a ação dos
nazistas brasileiros, que deixaram como sequelas o racismo e a negação
dele.
Em 1998, o historiador Sydney Aguilar ensinava sobre os efeitos nefastos do nazismo alemão para uma turma de ensino médio, quando uma aluna mencionou que havia centenas de tijolos na fazenda de sua família estampados com a suástica - o símbolo nazista. A informação despertou a curiosidade de Aguilar e desencadeou a pesquisa.
Pouco a pouco, o filme mostra como o historiador avançou com a investigação, revelando que, além de fatos, ele também descobriu vítimas. O trabalho de Sidney Aguilar reconstitui laços estreitos entre as elites brasileiras e crenças nazistas, refletidos em um projeto eugênico implementado no Brasil.
Nazistas brasileiros
O documentário revela que nazistas brasileiros orquestraram a remoção de 50 meninos de um orfanato, no Rio de Janeiro, prometendo-lhes uma vida melhor. Mas a realidade se revelou muito mais dura: seu destino era a escravidão e o isolamento, na Fazenda Cruzeiro do Sul, propriedade de uma poderosa família da elite local.
Aloísio Silva, um dos sobreviventes, lembra a terrível experiência, que escravizou os meninos ao ponto de privá-los do uso de seus nomes, transformando-o no "23”. Sidney Aguilar e outros historiadores e especialistas delineiam os contextos históricos, políticos e sociais do Brasil durante os anos 1920 e 1930, explicando como um caldeirão étnico absorveu e aceitou as teorias de eugenia e pureza racial, a ponto de incluí-los em sua Constituição de 1934.
A investigação culmina com a descoberta de Argemiro, outro sobrevivente do projeto nazista da Cruzeiro do Sul. Sua história reforça ainda mais como os conceitos de "supremacia branca” e as tentativas de "branqueamento da população” marcaram o corpo social brasileiro deixando sequelas devastadoras até os dias de hoje.
Ficha técnica
Produtora: Giros Interativa
Diretor: Belisario Franca
País: Brasil
Duração: 90 min.
Ano: 2013
Assista ao pré-trailer do documentário:
Assista a uma matéria da TV Folha sobre a Fazenda Cruzeiro do Sul:
Em 1998, o historiador Sydney Aguilar ensinava sobre os efeitos nefastos do nazismo alemão para uma turma de ensino médio, quando uma aluna mencionou que havia centenas de tijolos na fazenda de sua família estampados com a suástica - o símbolo nazista. A informação despertou a curiosidade de Aguilar e desencadeou a pesquisa.
Pouco a pouco, o filme mostra como o historiador avançou com a investigação, revelando que, além de fatos, ele também descobriu vítimas. O trabalho de Sidney Aguilar reconstitui laços estreitos entre as elites brasileiras e crenças nazistas, refletidos em um projeto eugênico implementado no Brasil.
Nazistas brasileiros
O documentário revela que nazistas brasileiros orquestraram a remoção de 50 meninos de um orfanato, no Rio de Janeiro, prometendo-lhes uma vida melhor. Mas a realidade se revelou muito mais dura: seu destino era a escravidão e o isolamento, na Fazenda Cruzeiro do Sul, propriedade de uma poderosa família da elite local.
Aloísio Silva, um dos sobreviventes, lembra a terrível experiência, que escravizou os meninos ao ponto de privá-los do uso de seus nomes, transformando-o no "23”. Sidney Aguilar e outros historiadores e especialistas delineiam os contextos históricos, políticos e sociais do Brasil durante os anos 1920 e 1930, explicando como um caldeirão étnico absorveu e aceitou as teorias de eugenia e pureza racial, a ponto de incluí-los em sua Constituição de 1934.
A investigação culmina com a descoberta de Argemiro, outro sobrevivente do projeto nazista da Cruzeiro do Sul. Sua história reforça ainda mais como os conceitos de "supremacia branca” e as tentativas de "branqueamento da população” marcaram o corpo social brasileiro deixando sequelas devastadoras até os dias de hoje.
Ficha técnica
Produtora: Giros Interativa
Diretor: Belisario Franca
País: Brasil
Duração: 90 min.
Ano: 2013
Assista ao pré-trailer do documentário:
Assista a uma matéria da TV Folha sobre a Fazenda Cruzeiro do Sul:
Fonte: ADITAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário