Programação de 07/05/11
Arte Livre e Sincera
Segunda - feira
No telão
Cineclube AJB exibe sessão Recordar é viver - os melhores da nossa história
No palco
• Mulato Velho
• Ivo Vargas
Artes Visuais
• Exposição Arquivo 10 anos de AJB
• Pintura do painel comemorativo de 10 anos com Marcelo Rezende.
Performance
• Esquete com Reynaldo Dutra: Vendo-me Fiz Isto ou Ator Emparedado.
• DJ Alexandre Lira.
Reboco literário, gincana cultural com brindes para os vencedores e muito mais!
Fernando Mendes Borel
PENSANDO COMIGO
...pois não é que ganhei um presente e na caixa veio escrito “Made in Brazil”? Acho que já é tempo da gente tirar esse “Z” para que as coisas sejam mais nossas, mais reais quanto aos nossos costumes, à nossa cultura. Acho importante que a gente se “embrasile”. Se aqui chegasse hoje o nosso Joaquim José da Silva Xavier, fantástico inventor da bicicleta de pulso, decerto se abismaria com o que está acontecendo. Senão vejam: mandam-nos de Angola uma nova dança que tem o nome de Kuduro. Como o talento no Brasil “a bunda” e
Clara Marinho - claramarinho.cantora@gmail.com
Em nossa primeira mala de 2012, um presente para vocês. Poema de
autoria de meu aluno, uma criança do 7º ano! Criança linda e genial! E
adivinhem, é filho de um artista que muito já nos felicitou com sua
música no AJB: Cláudio Schott. Apreciem.
O mundo é meu
O mundo é meu?
A música e eu
Se a música que eu escuto
Cria em volta de mim um escudo
Através da música que escuto
Entro no meu próprio mundo
Quando ouço a música
Melhor, quando sinto a música
Ela até me puxa
Quando acaba
Esqueço tudo
Minha mente apaga
Completamente relaxada.
Bruno Sol
Bjs, Clara.
Tchello Melo - tchello_melo@yahoo.com.br
É preciso, mais do que nunca, desurbanizar,
estou asfixiado desta verticalização tamanha,
torna o horizonte mais longe do céu e do mar:
onde estão as casas e as coisas da minha infância?
A especulação imobiliária
vai imobilizar o fluxo,
a cidade está tão inchada
quanto os bolsos dos políticos com seus negócios escusos.
Em vez de arvoredo,
uma selva de cimento,
o que não salva ninguém do medo
do cotidiano violento:
eu quero entrar numa máquina do tempo
se tudo virar um só excremento.
Carlos Gomes - carlos@artejovem.org
Muita alegria neste retorno ao Convés. Ainda mais comemorando 10
anos de resistência produtiva e militante neste ano tão decisivo para
Niterói. A certeza de que estamos no caminho certo nos empurra pra
frente. Parabéns AJB, 10 anos de vida dedicada ao bem coletivo e à
valorização da nossa cultura!
Karrique - khenrrique@gmail.com
Duvida vital
Voltava de Itaipuaçu. Era uma tarde muito quente de verão. Embora um pouco estafado, estava satisfeito, um pequeno problema havia sido resolvido. Chegando perto da entrada do Rio do Ouro, onde pegaria o ultimo onibus para, enfim, chegar em casa, reparei por um reflexo que o motorista havia ignorado a entrada e fui indaga-lo a respeito. Sem o costume daquela viagem contentei-me com sua explicação de que aquele “bus” não entrava no Rio do Ouro. Porém, no próximo retorno, voltaria para parada definitiva e ai então poderia andar a pé até a entrada que eu queria. Chegamos e, numa reação talvez influenciada pelo cansaço, ao invés de continuar em frente, voltei e começei a caminhar no sentido contrário. Andava, andava e nada. Nunca chegava a tal entrada. Ai então lembrei do meu amigo poeta “Borel” e, numa conversa comigo mesmo, perguntei-me por varias vezes: “Por que não chega a entrada? Será que morri? Será que é por isso que não chega?!” E, numa duvida insistente que depois do desfecho pareceu ridicula, cheguei a pensar em ligar pro meu filho. Pensei: se estou morto, logicamente ele não atenderá o telefone certo? E acabará a duvida. Custou, mas consegui notar que estava indo pro lado errado. Concordo com o meu amigo, e penso que depois de morto custaremos a nos convencer disso.
Dionnara Castro - diferocracia@uol.com.br
O exercício da tolerância, a luta por uma sociedade menos desigual, a luta contra a ditadura, a
luta contra leituras torpes da língua portuguesa, a luta contra inveja, a perseguição política, os
presos políticos por consciência, tudo isso é caro. Talvez possa até custar uma vida. Que haja
muita fé. Feliz 2012 a todos.
Tomás Paoni
Dinheiro
é um pedaço
de papel
Papel
é um pedaço
de árvore
Árvore
é um pedaço
de terra
E
na Terra
um pedaço
de dinheiro
não compra papel
tampouco amor inteiro
PARABÉNS ARTE JOVEM
PELOS 10 ANOS DE ARTE EM MILITÂNCIA
O ARTISTA E PRIMEIRA INSTÂNCIA
É GRÁTIS, SOU GRATO ...
PERSEVERANÇA !!!
Ana Rodrigues - ana.rodrigues@oncoclinica.com.br
Como escrever sobre ARTE sem ser artista?
Mas pensando bem, quem não é um pouco artista?
Quem não canta no chuveiro?
Quem não fala ao telefone fazendo arte com uma caneta num pedaço de papel?
Quem não faz malabarismos antes da limonada?
A Arte está em todos, é pra todos e sobretudo, está nos olhos de quem vê!
Quem disse que precisamos de dinheiro pra consumir Arte?
A Natureza a transborda com sua explosão de melodias, cores e formas. E essa arte é
gratuita, pra ser consumida sem moderação.
A canção da minha mãe na cozinha preparando um café, acompanhada pelo assobiar da
chaleira, é arte, é poesia!
Abra os olhos, os ouvidos, o coração e perceba:
A Arte está em toda parte!!!
“Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão
falando...” Manuel de Barros.
Claudio Salles
Livro Memórias de Uma Guerra Suja revela paradeiro de estudante da UFF assassinado pelos militares.
É triste, é pesado, mas numa época em que a direita tenta ganhar espaço político, vide as comemorações que os militares fizeram no último aniversário do Golpe de 64, é importante jogarmos luz sobre determinados fatos da história do Brasil.
Lançado recentemente, Memórias de Uma Guerra Suja, dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, aborda a repressão da ditadura brasileira. Dentre as muitas revelações está a do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Cláudio Antônio Guerra, que se prepara para virar pastor. Ele diz que o estudante e militante político Fernando Santa Cruz, que dá nome ao DCE Livre da UFF, assassinado pelo regime militar, foi executado e incinerado, com pelo menos mais dez outros cidadãos, em uma usina de açúcar no norte do Estado do Rio em 1973. O nome do ex policial Claudio Guerra inclusive não consta na lista dos torturadores, porque, na realidade, sua missão era matar.
Informativo n° 138/ ano 08
Arte Livre e Sincera
AJB no Convés!
Segunda (07/05), 20h = GRATUITO !
Segunda - feira
Espaço Convés - 20h.
No telãoCineclube AJB exibe sessão Recordar é viver - os melhores da nossa história
No palco
• Mulato Velho
• Ivo Vargas
Artes Visuais
• Exposição Arquivo 10 anos de AJB
• Pintura do painel comemorativo de 10 anos com Marcelo Rezende.
Performance
• Esquete com Reynaldo Dutra: Vendo-me Fiz Isto ou Ator Emparedado.
• DJ Alexandre Lira.
Reboco literário, gincana cultural com brindes para os vencedores e muito mais!
Fernando Mendes Borel
...pois não é que ganhei um presente e na caixa veio escrito “Made in Brazil”? Acho que já é tempo da gente tirar esse “Z” para que as coisas sejam mais nossas, mais reais quanto aos nossos costumes, à nossa cultura. Acho importante que a gente se “embrasile”. Se aqui chegasse hoje o nosso Joaquim José da Silva Xavier, fantástico inventor da bicicleta de pulso, decerto se abismaria com o que está acontecendo. Senão vejam: mandam-nos de Angola uma nova dança que tem o nome de Kuduro. Como o talento no Brasil “a bunda” e
ninguém é mais talentosa nesse ramo que a Gretchem, logo ela será a
Rainha do Kuduro! Caminhão de refrigerantes em garrafa tomba e
engarrafa a “Av. do Transtorno”, que é a mais comprida em promessa não
cumprida há 40 anos para o seu alargamento. É bom devagar pelas ruas
escutando tiros de metralhadora, na maior paz. E foi assim que encontrei
um médico amigo a quem falei sobre minha dor lombar. Ele disse-me que
parasse de vagar pelas ruas e que eu fizesse uma compressa devagar, sem
pressa. Lembrei-me então da saúde pública. Acho que para essa o SUS
não dá jeito: tem que ser “Je-SUS” A solução pelo visto seria pagar
dízimo em vez de plano de saúde. Por falar nisso, a bronca é porque o
pastor comprou muito gado, sem pensar nas ovelhas... Será?
Clara Marinho - claramarinho.cantora@gmail.com
Alvas Palavras
Em nossa primeira mala de 2012, um presente para vocês. Poema de
autoria de meu aluno, uma criança do 7º ano! Criança linda e genial! E
adivinhem, é filho de um artista que muito já nos felicitou com sua
música no AJB: Cláudio Schott. Apreciem.O mundo é meu
O mundo é meu?
A música e eu
Se a música que eu escuto
Cria em volta de mim um escudo
Através da música que escuto
Entro no meu próprio mundo
Quando ouço a música
Melhor, quando sinto a música
Ela até me puxa
Quando acaba
Esqueço tudo
Minha mente apaga
Completamente relaxada.
Bruno Sol
Bjs, Clara.
Tchello Melo - tchello_melo@yahoo.com.br
Pô, é Zia!
É preciso, mais do que nunca, desurbanizar,estou asfixiado desta verticalização tamanha,
torna o horizonte mais longe do céu e do mar:
onde estão as casas e as coisas da minha infância?
A especulação imobiliária
vai imobilizar o fluxo,
a cidade está tão inchada
quanto os bolsos dos políticos com seus negócios escusos.
Em vez de arvoredo,
uma selva de cimento,
o que não salva ninguém do medo
do cotidiano violento:
eu quero entrar numa máquina do tempo
se tudo virar um só excremento.
Carlos Gomes - carlos@artejovem.org
Mais um pouco...
Muita alegria neste retorno ao Convés. Ainda mais comemorando 10
anos de resistência produtiva e militante neste ano tão decisivo para
Niterói. A certeza de que estamos no caminho certo nos empurra pra
frente. Parabéns AJB, 10 anos de vida dedicada ao bem coletivo e à
valorização da nossa cultura!
Karrique - khenrrique@gmail.com
Duvida vitalVoltava de Itaipuaçu. Era uma tarde muito quente de verão. Embora um pouco estafado, estava satisfeito, um pequeno problema havia sido resolvido. Chegando perto da entrada do Rio do Ouro, onde pegaria o ultimo onibus para, enfim, chegar em casa, reparei por um reflexo que o motorista havia ignorado a entrada e fui indaga-lo a respeito. Sem o costume daquela viagem contentei-me com sua explicação de que aquele “bus” não entrava no Rio do Ouro. Porém, no próximo retorno, voltaria para parada definitiva e ai então poderia andar a pé até a entrada que eu queria. Chegamos e, numa reação talvez influenciada pelo cansaço, ao invés de continuar em frente, voltei e começei a caminhar no sentido contrário. Andava, andava e nada. Nunca chegava a tal entrada. Ai então lembrei do meu amigo poeta “Borel” e, numa conversa comigo mesmo, perguntei-me por varias vezes: “Por que não chega a entrada? Será que morri? Será que é por isso que não chega?!” E, numa duvida insistente que depois do desfecho pareceu ridicula, cheguei a pensar em ligar pro meu filho. Pensei: se estou morto, logicamente ele não atenderá o telefone certo? E acabará a duvida. Custou, mas consegui notar que estava indo pro lado errado. Concordo com o meu amigo, e penso que depois de morto custaremos a nos convencer disso.
Dionnara Castro - diferocracia@uol.com.br
Se ligaê...
O exercício da tolerância, a luta por uma sociedade menos desigual, a luta contra a ditadura, aluta contra leituras torpes da língua portuguesa, a luta contra inveja, a perseguição política, os
presos políticos por consciência, tudo isso é caro. Talvez possa até custar uma vida. Que haja
muita fé. Feliz 2012 a todos.
Tomás Paoni
Ditocujo...
Dinheiroé um pedaço
de papel
Papel
é um pedaço
de árvore
Árvore
é um pedaço
de terra
E
na Terra
um pedaço
de dinheiro
não compra papel
tampouco amor inteiro
PARABÉNS ARTE JOVEM
PELOS 10 ANOS DE ARTE EM MILITÂNCIA
O ARTISTA E PRIMEIRA INSTÂNCIA
É GRÁTIS, SOU GRATO ...
PERSEVERANÇA !!!
Ana Rodrigues - ana.rodrigues@oncoclinica.com.br
Como escrever sobre ARTE sem ser artista?Mas pensando bem, quem não é um pouco artista?
Quem não canta no chuveiro?
Quem não fala ao telefone fazendo arte com uma caneta num pedaço de papel?
Quem não faz malabarismos antes da limonada?
A Arte está em todos, é pra todos e sobretudo, está nos olhos de quem vê!
Quem disse que precisamos de dinheiro pra consumir Arte?
A Natureza a transborda com sua explosão de melodias, cores e formas. E essa arte é
gratuita, pra ser consumida sem moderação.
A canção da minha mãe na cozinha preparando um café, acompanhada pelo assobiar da
chaleira, é arte, é poesia!
Abra os olhos, os ouvidos, o coração e perceba:
A Arte está em toda parte!!!
“Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão
falando...” Manuel de Barros.
Claudio Salles
Livro Memórias de Uma Guerra Suja revela paradeiro de estudante da UFF assassinado pelos militares.É triste, é pesado, mas numa época em que a direita tenta ganhar espaço político, vide as comemorações que os militares fizeram no último aniversário do Golpe de 64, é importante jogarmos luz sobre determinados fatos da história do Brasil.
Lançado recentemente, Memórias de Uma Guerra Suja, dos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, aborda a repressão da ditadura brasileira. Dentre as muitas revelações está a do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Cláudio Antônio Guerra, que se prepara para virar pastor. Ele diz que o estudante e militante político Fernando Santa Cruz, que dá nome ao DCE Livre da UFF, assassinado pelo regime militar, foi executado e incinerado, com pelo menos mais dez outros cidadãos, em uma usina de açúcar no norte do Estado do Rio em 1973. O nome do ex policial Claudio Guerra inclusive não consta na lista dos torturadores, porque, na realidade, sua missão era matar.
O Espaço Convés fica na Rua Cel Tamarindo, 137 - Gragoatá - Niterói.
Mais informações, fotos das atividades e espaço para novos artistas: www.artejovem.org
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