novembro 01, 2008

Arte, inimiga do povo?

Arte de Jacek Yerka - Oceanik bath room, 1995
[Amálgama]

Arte, inimiga do povo

Posted: 31 Oct 2008 04:11 PM CDT

por Daniel Lopes -

O livro do inglês Roger L. Taylor, lançado inicialmente em 1978, quer defender a seguinte tese: a arte, tal como a concebemos hoje (as mais sublimes e “superiores” criações do intelecto humano), nada mais é que um conceito da modernidade, burguês, que contribui para manter o satus quo social. Portanto, a apreciação artística vai contra os interesses do povão.

É uma tese ousada, é verdade. Taylor, que é professor na Universidade de Sussex, planejou escrever um livro para a compreensão das “massas”, com um objetivo em tanto – convencê-las de que a arte é uma inimiga sua, e contra a qual deveriam armar-se com o conhecimento da farsa que representa.

Para começar, Taylor abre mão dos lugares comuns sobre arte, como já é de se esperar, e usa essencialmente o método investigativo de Wittgenstein, filósofo do século passado que defendia a análise meticulosa dos contextos que envolvem conceitos, para uma compreensão mais completa destes. Desprezava, pois, a entronização da idéia-fachada de algo.

A visão da arte como uma coisa universal e superior, por exemplo, é para Taylor uma boçalidade. Proposital. Uma visão armada pelas elites burguesas para submeter todos a seu estilo de vida. O mais interessante dos quatro capítulos do livro é o segundo, um estudo da evolução do conceito de arte.

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