O
ex-senador Roberto Saturnino Braga é o novo diretor-presidente do Centro
Celso Furtado. Ele foi eleito no último dia 17 junho, no Rio de
Janeiro, pelo Conselho Deliberativo da entidade.
Leia abaixo uma breve entrevista em que expôs seus planos no comando da instituição.
1) Que importância o senhor
confere ao Centro Celso Furtado, no que concerne à análise e ao debate
do desenvolvimento sustentável do Brasil?
Saturnino – Desde a sua criação, em novembro
de 2005, o Centro Celso Furtado tem a missão precípua de discutir os
grandes temas nacionais, em especial aqueles que dizem respeito ao
desenvolvimento do Brasil e de sua sociedade. Ao longo dos seus sete
anos de atuação, o Centro conquistou o reconhecimento nacional como uma
instituição de referência no que tange à aprofundada reflexão dos temas
de caráter desenvolvimentistas. Vale acrescentar que para se chegar a
essa condição, foi preciso aliar a alta e interdisciplinar qualificação
de seus sócios e colaboradores, à competência das diretorias e conselhos
que se sucederam até aqui, imbuídas dos propósitos da entidade.
2) De forma sintética, quais os objetivos do Centro Celso Furtado sob a sua gestão?
Saturnino – Vamos manter esse caráter
investigativo e reflexivo que tem pautado a filosofia de atuação do
Centro, desde a sua criação, e ampliar a dimensão internacional de
nossas reflexões, promovendo atividades e cooperações nesse sentido. Por
outro lado, e em síntese, é indiscutível que há uma nova etapa na
história, em curso, cujo surgimento está se dando neste momento, com
manifestações de inquietação em todas as partes do mundo. Por isso,
pretendemos nos dedicar a atividades de formulação e debate a respeito
do projeto de um novo desenvolvimento para o Brasil. E, nesse contexto, o
Centro Celso Furtado é a instituição brasileira mais vinculada com esse
projeto. Temos também a intenção de nos debruçarmos sobre projetos
diretamente vinculados a nossos
sócios patronos, bem como ampliar, nacionalmente, esse conjunto de
associados. Vamos nos esforçar, também, para ampliar a divulgação de
toda a produção intelectual e de conteúdo do Centro.
3) O Centro sempre teve uma grande vocação editorial. Há novos projetos nessa área?
Saturnino – Claro. Acabamos de lançar na semana passada a coleção Pensamento Crítico, que reúne obras em formato de livro digital (e-book), embora também em versão impressa. As obras que inauguraram a série são: Saúde, Cidadania e Desenvolvimento e Celso Furtado e a Dimensão Cultural do Desenvolvimento. Até o final deste ano serão publicados nesse mesmo formato outros dois títulos. A revista científica Cadernos do Desenvolvimento,
com periodicidade semestral, e que está indo para a sua décima segunda
edição, já se transformou numa publicação de referência do Centro Celso
Furtado, pela sua abrangência e riqueza de conteúdo. Ainda neste ano
daremos início ao quinto volume da
coleção Memórias do Desenvolvimento, que versará sobre o tema BNDES: entre o desenvolvimentismo e o neoliberalismo (1982-2006),
incluindo uma série de entrevistas com dirigentes e ex-dirigentes do
Banco. Enfim, como se pode perceber essa vocação, como dito no
enunciado, é uma característica intrínseca da nossa instituição, que
será cada vez mais valorizada visando à ampliação seleta de leitores.
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